sábado, 21 de setembro de 2013

Parabéns para Stephen King

Feliz Aniversário Stephen King!

No dia 21 de Setembro de 1947, (contrariando todas as expectativas possíveis, já que sua mãe havia sido informada que não poderia mais ter filhos), no Hospital Geral de Portland, Maine, nasce o garotinho Stephen Edwin King. Filho do marinheiro mercante Donald Spansky (que posteriormente mudaria de sobrenome para Pollack e por último para Edwin King) e da dedicada Nellie Ruth Pillsbury, King demonstrou seu talento para a escrita desde bem pequeno. Em 1959, então com 12 anos e já sem a presença paterna (o pai de King, um homem de espírito livre e que costumava viajar sempre, saiu um dia em 1949 para comprar cigarros e nunca mais voltou) King passou a escrever artigos para o jornal local “Dave´s Rag”, com suas opiniões sobre os programas de TV da época. Posteriormente ele passaria escrever diversos contos curtos que acabaria vendendo por 30 centavos de dólar cada. Sua paixão pelo terror nasceria após uma visita a casa de sua tia Emrine, onde ele encontraria uma caixa repleta de revistas velhas de ficção científica e horror.

Em 1962 King ingressa na Lisbon Falls High School, escola que renderia a inspiração para duas de suas histórias mais conhecidas, o romance Carrie e o mais recente 11/22/63, onde Lisbon Falls é um dos cenários da história. Quatro anos depois ele entra para a Universidade do Maine, em Orono, onde viria a se formar no ano de 1970, três anos depois de sua primeira venda como profissional, com o conto “The Glass Floor” e quatro anos depois depois de conhecer aquela que seria sua futura esposa, Tabitha Spruce. 1970 também foi o ano de nascimento de sua primeira filha com Tabitha, Naomi Rachel King. Em 2 de Janeiro do ano seguinte King se casaria com Tabitha em uma discreta cerimonia.  Outros dois fatos dignos de nota marcariam a vida de S.K nos anos seguintes. Em 1972 nasce o primeiro filho do casal, batizado de Joseph Hillstrom King (que hoje conhecemos como o também renomado escritor Joe Hill) e em 1973 sua mãe, Nellie Ruth King, falece por causa de um câncer no pulmão. Esse fato marca bastante a vida de King, que posteriormente viria a abordar a doença em diversos dos seus livros.

Despontando para o sucesso
Em 1974 o primeiro livro de King, “Carrie”, é publicado pela Editora Doubleday, rendendo 2.500 dólares de adiantamento para o autor e tendo posteriormente seus direitos de brochura vendidos por 400 mil. King não estava muito animado com o lançamento do seu primeiro livro, tanto que por não achá-lo bom o suficiente resolveu jogá-lo no lixo. Tabitha, sua esposa, acabou resgatando o manuscrito de lá e conseguiu convencer o marido a terminá-lo. Posteriormente o livro viria a se tornar um fenômeno editorial, graças ao lançamento do filme homônimo de Briam de Palma, em 1976 pelos estúdios da MGM. Nesse interim, King já havia escrito e lançado outro romance em 75, intitulado de “Salem´s Lot” (“Salem” no Brasil). Dedicado para a sua filha Naomi, o livro tinha o título original de “Second Coming”, que posteriormente foi mudado para “Jerusalem´s Lot” e por fim para “Salem´s Lot”.

Em 1977, no mesmo ano de nascimento do último filho do casal, Owen Phillip King, acontece o Oscar. Entre os candidatos a melhor atriz coadjuvante está a jovem e talentosa Sissy Spacek, interprete de “Carrie” nos cinemas (além de sua colega de cena, Piper Laurie). O filme já era então um sucesso de público e crítica. Ainda neste ano King publica aquele que talvez tenha se tornado em seu romance mais conhecido, “The Shining” (“O Iluminado”). Dedicado para o pequeno Joe Hill o romance tinha originalmente mais de 500 páginas. Entretanto, para evitar gastos e conseguir manter um preço razoável para o livro, a editora optou por cortar um bom pedaço dele. O prólogo intitulado “Before the Play”, que conta um pouco mais sobre a história do passado do Overlook Hotel, o hotel mal assombrado onde se passa a história do livro, viria a ser publicado apenas em 1982, após o sucesso do filme, na revista Whispers.

Ainda em 77 (mais precisamente no dia 13 de Setembro) nasce Richard Bachman, pseudônimo que Stephen King usaria em segredo para publicar alguns de seus trabalhos (o próprio King explicou um pouco mais sobre as razões que o levaram a usar o pseudônimo em “Os Livros de Bachman”, que você pode conferir na integra aqui)

Em 1978 dois livros são publicados por King. Seu primeiro livro de contos (Sombras da Noite) e outro fenômeno editorial, considerado pela maioria dos seus fãs como um dos melhores (senão o melhor) romances que ele já escreveu, a primeira versão de “The Stand” (“A Dança da Morte”), que tinha mais de 800 páginas (futuramente uma versão revisada seria lançada, com cerca de 300 páginas a mais de material inédito que fora cortado do primeiro livro). King dedicou este para sua esposa, Tabitha King, com a qual é casado até hoje.

Em 1979 King lança mais dois livros. Um deles sai pelo seu pseudônimo, Richard Bachman e é intitulado de “The Long Walk” (A Longa Marcha). O outro é Zona Morta, que posteriormente (1983) também viria a se transformar em filme com o ator Christopher Walker como interprete do personagem principal, Johnny Smith, que após acordar de um coma de cinco anos descobre que sua vida mudou drasticamente. No mesmo ano (Novembro) é lançada a Minissérie dirigida por Tobe Hooper que adapta o livro “Salem´s Lot”. Em Setembro do ano seguinte King publica “Firestarter” (A incendiária) e seria a vez do renomado diretor Stanley Kubrick levar um de seus livros para o cinema. Na época o diretor pretendia fazer “um filme definitivo” de cada gênero, e o escolhido para representar o terror foi o livro “O Iluminado”, lançado em Maio de 1980. Com um estilo de escrita flexível e facilmente adaptável, King passa a ser o filão preferido de Hollywood.

 

1981 foi o ano onde vimos mais um Bachman vir a vida. King utilizou-se de seu pseudônimo secreto para publicar o livro RoadWork (A Auto-Estrada), em março daquele ano. Em Abril King se aventuraria a publicar seu primeiro trabalho de não-ficção. O livro “Danse Macabre” (Dança Macabra) é um tratado teórico onde King aborda, entre outras coisas, o terror nas diversas mídias (cinema, tv, teatro…) e o modo como elas influenciaram no seu processo criativo. Em Setembro do mesmo ano seria a vez de outro romance sair pela editora Viking, “Cujo” (Cão Raivoso).
Em Maio 1982 temos outro Bachman saindo do forno. Agora é a vez de “The Running Man” (sua primeira versão foi publicada no Brasil com o título de “O Sobrevivente” e posteriormente republicada com o título alterado para “O Concorrente”). Em Julho daquele mesmo ano a Donald M. Grant publicaria o primeiro volume da saga “The Dark Tower” (A Torre Negra), intitulado de “O Pistoleiro”. O livro, que começara a ser escrito por King quando ele tinha apenas 19 anos (inspirado no poema épico “Childe Roland, A Torre Negra Chegou” e na trilogia “O Senhor dos Anéis”) já havia sido publicado anteriormente em formato de capítulos na revista de ficção científica “The Magazine of Fantasy & Science Fiction”.

Ainda em 1982 King publica a primeira coletânea de novelas intitulada “Different Seasons” (lançada no Brasil com o título de “As Quatro Estações”, em quatro edições separadas e posteriormente em uma única edição com as quatro histórias, pela extinta editora Francisco Alves). É o primeiro livro de King que não trata necessariamente do terror, apesar de possuir alguns elementos que lembram bastante o gênero. Uma das histórias é dedicada ao escritor Peter Straub, com quem King futuramente faria uma parceria que resultaria em dois livros.

Em Novembro daquele ano sai mais uma adaptação de King para os cinemas. “Creepshow” (CreepShow: O Show de Horrores). Dirigida pelo badalado diretor George A. Romero (responsável pelos sucessos gores da trilogia “Os Mortos Vivos”) o filme reune cinco histórias independentes, de vinte minutos cada. Um dos contos, “A Solitária Morte de Jordy Verrill”, baseado no conto “Weeds” trás o próprio King interpretando o personagem principal da história. Um fazendeiro desajeitado e ganancioso, que pretende ganhar muito dinheiro com um estranho meteorito que caiu no quintal de sua fazenda. Suas intenções acabam indo por água abaixo quando, ao tocar o meteorito, algo bem estranho acontece.

Em 1983 o último livro de King pela Editora Viking é publicado. “Christine” conta a história de Arnold “Arnie” Cunningham, e seu Plymouth Fury 1958 mal assombrado. Uma das dedicatórias do livro vai para George A. Romero, diretor com o qual King havia trabalhado no ano anterior em “Creepshow”. Em Novembro, pela Doubleday sai outro Bachman Book: “Pet Semetary” (O Cemitério).

Em agosto de 83 “Cujo”, adadaptação do romance homônimo de 1981 é lançado nos cinemas. Outras duas adaptações de obras de King ainda seriam lançadas naquele ano: “The Dead Zone” (Na Hora da Zona Morta) pelas mãos do diretor David Cronenberg e “Christine” (Christine, o carro assassino), do diretor John Carpenter.

Morre Richard Bachman
Em 1985 um persistente balconista de livraria de Washington DC, Steve Brown, localiza registros da Biblioteca do Congresso e descobre um documento nomeando King como o autor de um dos romances de Bachman. Após entrar em contato com os editores de King, citando o fato, Brown recebe um telefonema do próprio King admitindo que ele era realmente Bachman e sugerindo que Brown escrevesse um artigo sobre como ele descobriu a verdade e se dispondo a conceder uma entrevista para ele. Veio a público então a história da “morte de Bachman”, supostamente por “câncer de pseudônimo” em um artigo escrito por Brown no Washington Post. King já estava, na época, trabalhando em “Misery” (Angústia), romance que renderia, como de costume, mais uma adaptação para o cinema e um oscar para a atriz Kathy Bates e que King pretendia, inicialmente, publicar como um Bachman Book.

Outros dois livros seriam publicados em 85: Pela Editora Signet sai a republicação de “Cycle of the Werewolf” (A Hora do Lobisomem). O livro já havia sido publicado pela Land of Enchantment em uma edição limitada especial dois anos antes. Em Junho seria a vez da Editora Putnam publicar a coletânea  “Skeleton Crew” (Tripuação de Esqueletos), que reunia contos de King publicados nas décadas de 60, 70 e 80. Em Abril daquele ano é lançado nos cinemas americanos o filme “Olhos de Gato” (Cat’s Eye), adaptação dos contos “O Ressalto” (The Ledge) e “Ex-Fumantes, LTDA”. (Quitters, Inc.) do livro “Sombras da Noite” (Night Shift), além da história inédita “The General”. Em Outubro seria a vez da Universal lançar “Silver Bullet”, adaptação do livro “Cycle of the Werewolf” (A Hora do Lobisomem)

A Coisa
1986 seria um ano histórico para os fãs de Stephen King. Precisamente no dia 15 de Setembro daquele ano, King lançaria aquele que até hoje é considerado como um dos seus maiores (tanto no sentido físico quanto no sentido literário, já que o livro tem mais de mil páginas)  livros, “IT” (A Coisa). O livro narra a história de sete homens que quando crianças enfrentaram uma criatura centenária conhecida como “Pennywise” (Parcimonioso). Após 30 longos anos eles se vêem obrigados a se confrontarem de novo com a criatura que haviam enfrentado quando crianças, numa aventura que deixará marcas profundas em suas vidas.
Outra duas adaptações de obras de King ainda seriam lançadas naquele ano. Em Julho foi lançada a adaptação do conto “Trucks” (Comboio do Terror) do livro “Sombras da Noite” e Agosto o filme “Stand By Me”, adaptação do conto “O Corpo” presente na coletânea “As Quatro Estações”. O filme ainda viria a concorrer ao oscar de melhor roteiro adaptado no ano seguinte e seria um dos responsáveis pelo sucesso do ator River Fenix, considerado por muitos como um dos atores mais talentosos da época e que infelizmente veio a falecer em 1993, com então 23 anos. Outro ator que manteve-se nos holofotes após o filme é Will Wheaton, interprete de Gordon Lachance, que participou de séries como Star Trek, Eureka e The Bing Bang Theory.
Em 1987 King bateria seu record de publicações, lançando 4 livros: “The Eyes of the Dragon” (Os Olhos de Dragão) em Fevereiro, “The Dark Tower II – The Drawing of the Three” (A Torre Negra II – A Escolha dos Três) em Maio, “Misery” (Angústia) em Junho e “The Tommyknockers” (Os Estranhos) em Novembro. Ainda em Novembro daquele ano estrearia a primeira adaptação de um livro de Bachman, o mediano “The Running Man” dirigido por Paul Michael Glaser com o ator Arnold Schwarzenneger.
Em 1989 King lança “The Dark Half” (A Metade Negra) e participa de uma copilação de contos chamada “Dark Visions”, onde contribui com três histórias: “Dedicatória” (Dedication), “Par de Tênis” (Sneakers) e “The Reploids”.
O década de 90
A Década de 90 foi particularmente produtiva para King, tanto no cinema quanto na literatura. Em 90 a DoubleDay relança “A Dança da Morte” nas livrarias. Em Setembro a Viking lança a coletânea “Depois da Meia Noite” (Four Past Midnight). Em Novembro estréia nos cinemas a adaptação de “Misery” (Louca Obsessão), filme que renderia, no ano seguinte, o único oscar para obras baseadas em trabalhos de Stephen King, o de melhor atriz para Kathy Bates.

Em Agosto de 1991 é lançada a terceira parte da Torre Negra, “The Dark Tower III – The Waste Lands” (A Torre Negra III – As Terras Devastadas). Em Outubro King lança “Needfull Things” (Trocas Macabras). Em 92 King lança “Gerald´s Game” (Jogo Perigoso) pela Editora Viking. Seis meses depois um romance que contém fortes ligações com ele também é lançado, “Dolores Claiborne” (Eclipse Total). King dedica o romance para a sua mãe.

Em 93 é a vez de mais uma coletânea, “Nightmares and Dreamscapes” (Pesadelos e Paisagens Noturnas). No Brasil o livro foi dividido em dois volumes. Em 94 King lança “Insônia” e dedica o romance para sua esposa, Thabita. 94 Também seria o ano em que Frank Darabont adaptaria o conto “Hope Springs Eternal: Rita Hayworth and the Shawshank Redemption” (Primavera Eterna: Rita Hayworth e a Redenção de Shawshank) do livro “As Quatro Estações”. No ano seguinte o filme concorreria em 7 categorias diferentes no oscar, não chegando a ganhar em nenhuma delas. Em Junho daquele ano King ainda lançaria “Rose Madder”

Em 1996 King se despede da Editora Viking com seu romance “Desperation” (Desespero), lançado em Setembro daquele ano. Em 97 temos a publicação da compilação de seis histórias intituladas “Six Stories”, o quarto volume da Torre Negra, “Mago e Vidro” e o fato marcante que tiraria de circulação para sempre um dos Bachman Books. Em Dezembro daquele ano o jovem Michael Carneal, com então 14 anos, abriu fogo num grupo de estudantes do Colégio Heath, em Paducah, Kentucky. Três garotas morreram e cinco ficaram feridas. No armário de Michael foi encontrada uma cópia de “Rage” (Fúria). King optou por proibir a publicação do livro para sempre, com medo que ele estivesse influenciando outros jovens a tomar atitudes semelhantes.

Em 1998 a atual Editora de King, Scribner, lança o primeiro livro dele com eles, “Bag Of Bones” (Saco de Ossos). Naquele mesmo ano King escreve o roteiro de “Chinga”, 10º episódio da 5º temporada do famoso seriado Arquivo X e o diretor Bryan Singer (conhecido por seus trabalhos com a franquia X-Man e pelo filme “Superman – O Retorno”) lança o filme “Apt Pupil” (O Aprendiz) baseado em um dos contos da coletânea “As Quatro Estações”.

O acidente e o fim da “Torre Negra”
Em 1999 nasce o primeiro neto de King, Ethan, filho de Joseph e sua esposa Leanora. Naquele mesmo ano King ainda lançaria outros três trabalhos que ainda encontram-se inéditos no Brasil: “The Girl Who Loved Tom Gordon” (A Garota que Amava Tom Gordon), “Hearts in Atlantis”, dedicada a Joseph, Eleonora e seu neto Ethan, e o audiobook “Blood and Smoke”, com contos publicados na coletânea “Tudo é Eventual”. Em Dezembro daquele ano ainda estrearia nos cinemas a adaptação do livro “The Green Mile” com o ator Tom Hanks. Originalmente o livro foi publicado em como uma série de 6 volumes, em formato pocket, com o título “O Corredor da Morte” no Brasil. Posteriormente, devido ao sucesso do filme de Darabont, o livro foi republicado com todos os volumes copilados em um único exemplar e título e capa do filme.

Em 99 King ainda passaria, muito provavelmente, por um dos momentos mais complicados de sua vida. Enquanto fazia sua caminhada rotineira, em 19 de Junho daquele ano, King foi atropelado por uma Minivan desgovernada, enquanto o motorista tentava controlar seu cão no interior do carro. Fraturou o quadril, quebrou a perna e teve sérios danos pulmonares que quase o fizeram parar de escrever. O acontecimento o motivou-a a terminar a sua mais ambiciosa empreitada, a série “A Torre Negra”, visto que King se desesperou com o fato de morrer e deixar a série inacabada. Em 2003 ele lança o quinto volume, “Os Lobos de Calla”, concluido a série épica em 2004 com os dois últimos volumes, “A Canção de Susannah” (lançado em Junho) e o último livro “A Torre Negra” em Setembro. Em 2012 King ainda lançaria o 8º volume, que se passa entre os livros 4 e 5 (sendo portanto considerado o volume 4.5 da Torre), “The Wind Trough The Keyhole”, ainda inédito no Brasil até o momento da publicação deste post.

Seus mais recentes trabalhos incluem “Duma Key” (2008), “Under The Dome” (2009), “Full Dark No Stars” (2010), “11/22/63″ (2011), entre outros (para conferir a lista completa, clique aqui)Para 2013 King anunciou ainda o lançamento de outra novela pelo selo “Hard Crime Case” intitulada “Joyland” (mais detalhes aqui) e a continuação de um dos seus mais renomados romances, “O Iluminado” que ele chamou de “Dr. Sleep” (mais informações aqui).

Então é isso pessoal… Espero que tenham gostado do nosso “breve” resumo sobre a vida e a obra de Stephen King. No mais, como criador e administrar do stephenking.com.br desejo os mais sinceros parabéns para o Sr. King e que ele continue por muitos outros anos nos fazendo ir dormir mais tarde com suas histórias fantásticas. FELIZ ANIVERSÁRIO TIO KING! \o/



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Minhas Resenhas - Proteja-me (Juliette Fay)

Superação, fé e muito drama
 
Ganhei esse livro de aniversário. Sem conhecer a autora e lendo algumas resenhas, achei que seria chato, mas me surpreendi.
Nota 7
 
 
Em "Proteja-me" Juliette Fay nos conta a história de Janie, esposa, mãe de dois filhos (Dylan e Carly), que perde seu marido em um acidente. Durante o ano seguinte, convivemos com uma Janie desgostosa da vida, amarga com as pessoas e insensível quanto ao próximo. Ela não deixa ninguém se aproximar para ajudá-la com sua dor e tem raiva de todos (do marido por ter morrido, de sua mãe por morar longe...).
 
Porém, Janie luta por seus sentimentos e não consegue enxergar o quanto algumas pessoas, tão próximas a ela, a amam incondicionalmente, a quem ela magoa a todo momento, acabando por afastá-las. Ela possui poucos amigos: Tia Jude, Padre Jake e Shelly (sua vizinha).
 

Quatro meses após a morte de seu marido, um homem aparece com um presente que seu marido havia encomendado. O empreiteiro Tug começa, então, a construção de uma varanda. Com isso, o isolamento criado por Janie é quebrado. Conforme a varanda vai sendo construída, Janie começa a refazer seus laços e esclarecer seus sentimentos, amenizando o sofrimento e o luto sem se dar conta disso.

Cada personagem, mesmo que secundário, possui uma mensagem importante para nós, leitores. Eles possuem um importante relacionamento com Janie e primordial para o crescimento da história e dos temas abordados.

A história é emocionante; nos revela como o luto e a dor podem nos transformar. Como podemos lidar com nossos sentimentos após uma perda? A morte é algo que conhecemos porém não sabemos como lidar com ela. Podemos ser felizes após uma perda? Como refazer nossa vida sem essa pessoa?

Quanto à parte física, a capa não me agradou e, após a leitura, não consegui fazer uma conexão dela com a história. E a revisão, então, deixou muito a desejar. Muitas palavras juntas ou faltando letras, além de erros gritantes (como por exemplo: "Tug bateu forte em suas costas dele"). Doeu!

No todo, um romance dramático, tratando de algo tão sensível como a morte e relatando uma história de desespero, mas também de crescimento pessoal, superação e fé. Resumindo: uma lição de vida.
 

"- Mas a solidão tem um propósito. Abre espaço para alguma coisa. É feita para nos fazer ir atrás do mundo. Isso não é tão ruim." (p. 117)

 
Para quem deseja conhecer um pouquinho da autora, no final do livro há uma entrevista com Juliette. Super interessante!